sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Ares de Fogo - Parte II


Ele lembrava do sorriso dela enquanto enviava aquela mensagem. Ficava imaginando o quanto seus olhos brilhariam, já que os dele também brilhavam. Aquela voz macia, que sempre o acalmava no simples dizer de um "oi". "Posso não ter beijado todos os beijos, mas o seu é o que mais me chama, sua intensidade é imensa. Como um ímã, tu me atrais e me repulsas, pólo a pólo. Sua pele, ah, tão limpa e lisa, dá-me vontade de deslizar sobre teu corpo branco, quase pálido. Logo, logo estou voltando para te abraçar e te fazer cafuné. Eu sei o quanto você gosta... Ah, menina, não sabe o quanto te desejo..." enquanto isso os pingos de chuva caíam lá fora, lavando as janelas e as ruas, e levando a saudade, que aumentava a cada lembrança daqueles lindos olhos castanho-escuro. Ele então ligou o som, que tocava agora uma melodia suave, e, em seu pensamento, acompanhava a bela moça em uma dança. E a chuva lembrava ela, e a música lembrava ela. E naquele momento, era ela só o que ele queria tocar. Queria cheirar seus cabelos pretos, olhar no fundo daqueles olhos e dizer a única frase que ela, ele estava certo, queria ouvir: "eu te amo".

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