terça-feira, 31 de março de 2015

Ei, eu!

A Vida, a Morte
O medo do forte

O sonho, o real
A chatice do normal

Morremos             Vivemos
Um pouco     e      Um pouco
Mais                      Menos
                                    Os momentos da vida real

Estranhos convivendo
(a sós) em amplas redes -
Sociais!?

Mais                  Menos
              com
contato              tato

E os sonhos continuam adormecidos...

terça-feira, 24 de março de 2015

No calor dos meus braços

PARTE I

            Já era manhã quando Artur abriu os olhos. Os raios de sol atravessando a janela o desejavam bom dia. Ele sorriu e olhou para a garota que estava com a cabeça no peito dele. Pensou que poderia viver o resto da sua vida ali, deitado, tendo apenas ela como bebida, comida, resto de vida. Ele seria alimento também. Os seus dedos seriam o café da manhã, pelo almoço, as costelas cairiam bem com seu suor e quando chegasse a noite, o sangue esquentaria o frio deixado pela tempestade.
            – Vem, Artur, – disse uma voz feminina – vem que o Chico tá esperando. Artur abriu os olhos e sacudiu a cabeça, desfazendo-se das lembranças. Olhou para a irmã e sorriu, levantando-se da cadeira e acompanhando-a.
            – E então, pra onde vamos mesmo? – Artur entrou no carro, cumprimentando Chico e a namorada dele, Daniela.
            – Lá pro Dom Quixote, o barzinho novo que abriu lá perto da praça. Lá você pode relaxar um pouco e esquecer por algumas horas da sua ex. – disse a irmã de Artur, sorrindo para ele.
            – Tá ok, Nanda, então vamos lá! – Artur beijou o rosto da irmã, que aconchegou no braço dele.
            A atmosfera do Pub era bem agradável. Luzes frias deixavam um tom de mistério no ar. Artur foi até o balcão e pediu uma cerveja. Sentou e ficou lá por algum tempo, enquanto Fernanda o chamava pra sentar à mesa, mostrando as amigas que acabaram de chegar. Uma música do Led Zeppelin tocava ao fundo, deixando o local ainda melhor, assim como o humor de Artur. Ele estava tão relaxado que nem percebeu o homem que sentara ao seu lado.
            – Parece que sua garota está esperando. – o homem sentado ao lado de Artur vestia uma camisa branca e preta. Ele tinha o cabelo cheio de ondas e a barba por fazer.
            – Aquela mocinha alegre me chamando? – Artur deu uma risada – ela é minha irmã. Tá louca pra eu ir conversar com as amigas dela.
            – Oh, entendi. E você ainda não foi...? – ao ver o rosto desinteressado de Artur o homem riu e se desculpou – Foi mal, cara, quer dizer, nós acabamos de nos ver e eu já te fazendo perguntas. Nem sequer me apresentei. – estendeu a mão – Prazer, Carlo. – Artur apertou a mão do homem e disse seu nome.
            Sentada na mesa com as amigas, Fernanda olhou na direção do irmão e se levantou, desculpando-se com as amigas. Foi até Artur.
            – Ei, cara, o que você tá fazendo? Tem uma garota ali doida pra te conhecer. – parou de falar quando percebeu que tinha interrompido a conversa. – Quem é seu amigo?
            – Sou Carlo. Não somos amigos.
            – Ok, então, não amigo do meu irmão, sou Fernanda. – e se virou pro irmão – agora porque você ainda está aqui?
            – Nanda, me dá só mais uns minutos, tá? Daqui a pouco eu apareço lá e conheço suas amigas. – disse Artur.
            – Vai mesmo? Não vai ficar aqui sentado com seu ‘não amigo’ e começar a falar de como sua ex era legal? – Fernanda disse, rindo.
            – Eu prometo que vou lá. Ok? Agora vai lá que são suas amigas, não minhas. – e deu um riso fraco.
            Fernanda beijou o irmão e olhou de lado pra Carlo, dando um meio sorriso com o canto da boca. Voltou à mesa e cochichou no ouvido de uma das amigas, olhando para os rapazes no balcão e dando risadinhas.
            – Parece que ela gostou de você, ‘não amigo’. – Artur riu e tomou um gole da cerveja. Carlo também riu e pediu uma cerveja pra ele também.
            – Acho que entendi porque você está aqui e não lá. Fim de namoro é fogo, né?
            Artur friccionou os lábios e olhou para o novo companheiro de balcão, acenando que sim com a cabeça. Contou a história do seu antigo namoro. Fazia 3 meses que tinha terminando com Luana e ainda não tinha ficado com ninguém. Talvez ainda esperasse que os dois voltassem. Mas sabia que não a amava mais, grande parte daquilo era só saudade. Só vontade de ter o corpo dela por cima do dele de novo e, embora não quisesse outro relacionamento, queria ter a sensação de outra garota dormindo em seus braços.
            – É ótimo quando alguém acorda em seus braços. – a voz de Carlo interrompeu os pensamentos de Artur, que só pode concordar. Levantou a garrafa de cerveja e os dois brindaram e depois beberam.
            – E você, Carlo? Tem alguém? Por que se não tiver, há mais de uma garota ali na mesa, podemos tentar a sorte. – Artur levanta e se arruma, pedindo outra cerveja e deixando pago as outras duas.
            – Vamos tentar a sorte, então! – Carlo pediu outra também e pagou. Ambos foram em direção à mesa das garotas e conversaram a noite toda.

domingo, 15 de março de 2015

Sonhei com ela

Quando sonho com ela
E até em sonho eu sonho
Um momento pra nós;

Quando o sonho com ela
É um sonho tão lindo
Sonhado a sós,

Então talvez esse sonho
Queira deixar os meus sonhos
E se realizar.