Ele já estava acordado, mas não abriu os olhos. Tinha medo de abri-los e perceber que aquela noite fora apenas um sonho. Ah, o calor do corpo dela se derramando sobre ele. Aquele beijos fogosos, olhares sedutores e toques sensíveis e fortes ao mesmo tempo. Aquele entrelaçar de pernas e braços e línguas e dedos... Os movimentos sensuais da cintura dela sobre ele, como se dissesse: "estou no controle!" E ela estava mesmo. Ele nem se atrevia a contrariar. Simplesmente acompanhava os movimentos. E que movimentos! Suas mãos deslizavam pela cintura dela, molhada de suor pela intensidade do momento. Ah! Foi uma noite e tanto. E agora ele estava ali, deitado, torcendo para que não tivesse sido um sonho. E quando ele abriu os olhos e a viu ali, deitada com ele, com a cabeça em seu peito, como uma criança que se sente protegida, foi só ali que ele se sentiu o homem mais feliz do mundo...
sábado, 28 de abril de 2012
quinta-feira, 26 de abril de 2012
Coluna no Don't dance, please
Então pessoal, dessa vez não é um conto, mas não deixa de ser uma prosa, né? (desculpem a piada). Venho para convidar todos vocês que me leem aqui no meu blog, pra também me ler no Don't dance, please, blog de um amigo meu, Lucas Diniz. Lá eu vou 'falar' sobre religião, ideologias e alguns grupos ativistas, não deixando de fora também alguns conflitos seculares e chamadas sobre doenças sociais. Então é isso, espero que visitem lá e confiram não só os meus, mas todo o blog que tá legal. Beijos e abraços, até mais.
domingo, 22 de abril de 2012
Um sorriso
sexta-feira, 20 de abril de 2012
This Sith
Ele nem dormia mais, estava viciado naquele filme. As cenas se repetiam cada vez mais frequentes em sua mente. Sua mãe estava deitada quando ele abriu a porta e ofereceu café. Ela agradeceu e tomou todo, coitada, apagou depois de cinco minutos. Ele procurou uma faca na cozinha e foi até o quarto. Amarrou os braços dela na cama e puxou uma perna pra fora, esticada, pra ver o sangue pingar no chão quando cortasse. Foi passando a faca devagar na coxa e desceu até o joelho. Uma sensação de prazer invadia seu corpo. Seus olhos estavam tão relaxados, sua mente estava tão relaxada, que não sentia remorso algum. "Não é errado se te faz bem", pensou consigo mesmo. Viu, os agora abertos, olhos de medo da sua mãe e sentiu uma pontada de poder. Mesmo nos trinta e dois, ela mantinha o corpinho de vinte, sem rugas, o que encantava mais ainda o garoto de dez anos. Passou pro braço e se encantava a cada membro que cortava, a cada rio de vermelho que descia do corpo branco de sua mãe. Depois voltou pra frente da TV, pegou uma cerveja e viu o filme mais uma vez.
segunda-feira, 16 de abril de 2012
Uma carícia
domingo, 8 de abril de 2012
Grande Legião...
Daniel na cova dos leões
(Legião Urbana)
Dois
Aquele gosto amargo do teu corpo
Ficou na minha boca por mais tempo.
De amargo, então salgado ficou doce,
Assim que o teu cheiro forte e lento
Fez casa nos meus braços e ainda leve,
Forte, cego e tenso, fez saber
Que ainda era muito e muito pouco.
Faço nosso o meu segredo mais sincero
E desafio o instinto dissonante.
A insegurança não me ataca quando erro
E o teu momento passa a ser o meu instante.
E o teu medo de ter medo de ter medo
Não faz da minha força confusão.
Teu corpo é meu espelho e em ti navego
E eu sei que a tua correnteza não tem direção.
Mas, tão certo quanto o erro de ser barco
A motor e insistir em usar os remos,
É o mal que a água faz quando se afoga
E o salva-vidas não está lá porque não vemos.
sexta-feira, 6 de abril de 2012
Jimi's Illusion
Enquanto tocava sua guitarra, Jimi lembrava cada momento da sua vida. Desde o primeiro beijo até o último cigarro. Era isso que o fazia tocar cada vez melhor. De vez em quando sofria de surtos e tinha ilusões, em uma delas, ele encontrava uma jovem garota, pálida e de cabelo curto, que sorria pra ele, por trás das árvores, e o convidava a entrar na floresta. Jimi sem hesitar correu a encontro da garota. Ela desaparecia e reaparecia entre as árvores, sob a luz de uma grande lua. Corriam e sorriam, e não se cansavam. De repente ela parou, de costas pra ele e começou a rir enquanto acendia um cigarro. Olhou para ele. Seus olhos penetrantes eram de um vermelho vívido, e pareciam atravessar-lhe a alma. Chegou mais perto dele, que já não se movia, e nem queria se mover. Ela soprou a fumaça dentro de sua boca e Jimi sentiu se queimando por dentro. Ela falou “não me deixe ir outra vez” foi então que ele lembrou quem ela era. Sim, seu primeiro beijo. Há tempos não se viam. “Você quem foi embora, lembra?” Uma lágrima descia pelo olho dela, que disse, com penar: “só porque você não me pediu pra ficar.” Afundando em lembranças, Jimi lembrou as últimas palavras que disse pra ela: “Vai mesmo? Finalmente.” Sim, poderia ser só brincadeira, e foi, mas só pra ele, e sem nenhuma graça pra ela. Ele certamente gostaria de voltar o tempo e tê-la pedido pra ficar. “Então, Jim, agora eu te peço pra ficar.” Enlaçando suas mãos na cintura fria dela, ele a beijou, sentindo o hálito frio percorrer todo o seu corpo...
O corpo dele foi encontrado jogado aos lobos, mas seu espírito continuava correndo junto com a garota, entre as árvores da floresta.
O corpo dele foi encontrado jogado aos lobos, mas seu espírito continuava correndo junto com a garota, entre as árvores da floresta.
quarta-feira, 4 de abril de 2012
Clair
Soprou a fumaça pra cima, e uma gota caiu na sua testa. Lembrou do último cara que beijou - sim, ela ainda lembrava - era um rapaz bonito, cabelos loiros e face pouco arredondada. Ele a tocava com intensidade, e ela retribua, com beijos "calientes" e rápidas trocas de olhares, inconscientes da parte dela. Seus corpos se mexiam num vai e vem de pernas e braços e bocas... Um fervor subia nos dois enquanto um e outro cigarro era aceso e tragado até o fim e doses de Roth California eram viradas num só gole. Entre unhas e dedos, marcas eram feitas em todo o corpo do homem branco e quase sem pelos e quase sem músculos. Seus lábios se tocavam com mais força a cada encontro. Ela tentava mas não conseguia não olhar naqueles grandes olhos escuros, que sempre procuravam os dela naquela bagunça.
Voltando ao presente, seu corpo já estava encharcado e ela nem percebera. Avistou uma casinha ali perto, onde não parecia ter ninguém. Entrou lá, tirou sua roupa, deixando à mostra sua tatuagem - um valete - e deitou na primeira cama que viu.
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