Sinta

 Não, não fale nada, apenas sinta.
Sinta que eu te amo, sinta
que eu te sinto, sinta que eu te
abraço, sinta que eu te beijo, nem
que seja só por uma vez, que sinta a mágica
de encostar os lábios
meus nos teus.
Sentir teu calor em meu corpo,
me embriagar nessa
tua essência,
provar do teu gosto,
ouvir tuas batidas acelaradas me dizerem:
"Te amo, te amo, te amo..."
Te ver, como meu futuro mais presente,
te amar, como minha
certeza mais
incerta.

                    Apenas, sinta...

Hoje é sexta

O fim de semana chegou
Vou-me antes que entristeça
Mais dois dias sem te ver
Hoje é sexta, hoje é sexta.

Mesmo que eu saia aos sábados
Não te encontro que tristeza
Tua falta me machuca
Hoje é sexta, hoje é sexta.

E aos domingos a esperança
Rodeia sobre minha cabeça
So mais um dia falta
Hoje é sexta, hoje é sexta.

E segunda quando em aula
Me lembrarei que eu não esqueça
De te mostrar o que escrevi
Hoje é sexta, interminável sexta.

Quando o Anjo descer.

Quando o Anjo descer
Se cansar do seu Paraíso
De sua Casa, seu Abrigo.
O que irá acontecer?

E se quando estiver descendo
Se deparar com o Anjo Vermelho
Que tem o sangue de Cordeiro
Ao seu lugar vai subindo.

E quando passa frente a frente
Vê em seus olhos de repente
Sua auréola sumindo

E de quente então estanca
E uma vermelha e forte Chama
Queima suas grandes asas.

A Morte e a Vida

A Morte descansa serena
Nos braços da Vida terrena
Esperando pelo luar
Para aos sonhos se libertar.

E dança por entre as árvores
Na aurora do sol nascente
Que a sua luz incandescente
Alegre fica, em poder vê-las.

E não se abala quando escuta
A Vida de novo avisar
o fim de sua Jornada curta

E a Morte de novo descansa
Esperando pelo luar
Para aos sonhos se libertar.