sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Pois vem!

Vem, sem rodeios, e me toma para ti
mas como tomar o que já é teu por inteiro?
O que já é teu por direito (do amor)

Chega devagar e me olha bem nos olhos.
Cobre-se comigo ou me descobre o lençol,
tanto faz para mim, apenas venha.

Vem e me arranca dessa cama
ou se joga, de preguiça, para mim que o dia raiou agora
e temos ainda tempo, aqui dentro (e lá fora)

Vem e me enaltece a manhã
vem me beijar com sua boca de hortelã*
de menta,
de café,
de seiva fresca,
de romã.



* em referência à canção de Chico Buarque: Cotidiano.

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