terça-feira, 17 de setembro de 2013

Contos de Pedro e Júlia

Continuando...

            Lá dentro encontrou com a chefe e agradeceu pela chance que ela o dera, quase não conseguindo conter sua animação por estar finalmente numa sala de redação.
            Desde que decidiu cursar Jornalismo, Pedro sonhava em trabalhar na redação de algum jornal. Muitos perguntaram se ele não preferiria ser repórter ou âncora, para ser visto na TV, mas ele já tinha se decidido que queria escrever as notícias, e não apresenta-las na frente de uma câmera. Na escola gostava muito de criar crônicas, contos, mas sentia dificuldade em redigir uma notícia, tanto que sua primeira nota em redação foi 1,0 por ter confundido tudo.
            A chefe de redação o apresentou aos outros jornalistas e também não jornalistas que estavam ali, indicando o nome de cada um. Por mais que os visse como colegas, ele sabia que a vida de estagiário não seria fácil, e que tudo que acontecesse de ruim, colocariam a culpa nele. Todo tipo de serviço não jornalístico (e jornalístico também) é o estagiário que deve fazer: o café, entregar recado, textos, cartas, colar selos, etc. E dane-se se não tiver tempo!
            Não decorou nomes além do da chefe, Sandra, não tinha essa habilidade de decorar vários nomes em tão pouco tempo. Notou que lá dentro nenhum dos jornalistas andavam ‘na moda’, isso era algo que ele já esperava: a vaidade de um jornalista é com o seu texto. Até porque é o que garante a comida dentro de casa (e olhe lá). Pedro também já sabia que a situação financeira não seria das melhores, na verdade, todos, antes mesmo de começar o curso, já estão cientes disso. E ainda mais sendo estagiário!

            Respirou fundo e foi pra mesa reservada a ele. Pegou a lista de assuntos sobre os quais escrever e não perdeu tempo, começou a ler, uma a uma, tentando buscar alguma ideia pra sua primeira crônica na coluna.  

Nenhum comentário:

Postar um comentário