Continuando...
Lá
dentro encontrou com a chefe e agradeceu pela chance que ela o dera, quase não
conseguindo conter sua animação por estar finalmente numa sala de redação.
Desde
que decidiu cursar Jornalismo, Pedro sonhava em trabalhar na redação de algum
jornal. Muitos perguntaram se ele não preferiria ser repórter ou âncora, para
ser visto na TV, mas ele já tinha se decidido que queria escrever as notícias,
e não apresenta-las na frente de uma câmera. Na escola gostava muito de criar
crônicas, contos, mas sentia dificuldade em redigir uma notícia, tanto que sua
primeira nota em redação foi 1,0 por ter confundido tudo.
A chefe
de redação o apresentou aos outros jornalistas e também não jornalistas que
estavam ali, indicando o nome de cada um. Por mais que os visse como colegas,
ele sabia que a vida de estagiário não seria fácil, e que tudo que acontecesse
de ruim, colocariam a culpa nele. Todo tipo de serviço não jornalístico (e
jornalístico também) é o estagiário que deve fazer: o café, entregar recado,
textos, cartas, colar selos, etc. E dane-se se não tiver tempo!
Não
decorou nomes além do da chefe, Sandra, não tinha essa habilidade de decorar
vários nomes em tão pouco tempo. Notou que lá dentro nenhum dos jornalistas
andavam ‘na moda’, isso era algo que ele já esperava: a vaidade de um
jornalista é com o seu texto. Até porque é o que garante a comida dentro de
casa (e olhe lá). Pedro também já sabia que a situação financeira não seria das
melhores, na verdade, todos, antes mesmo de começar o curso, já estão cientes
disso. E ainda mais sendo estagiário!
Respirou
fundo e foi pra mesa reservada a ele. Pegou a lista de assuntos sobre os quais
escrever e não perdeu tempo, começou a ler, uma a uma, tentando buscar alguma
ideia pra sua primeira crônica na coluna.
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