quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Eu e meus conflitos psicológicos.

   
O corredor.

    Caminhando calmamente percebo que ali a frente um rapaz corre. Um corrido afobado, cansado. Por que será que corre aquele rapaz? Será que está atrasado para o jantar? Vai ver só corre por correr, por ser um bom exercício, o qual eu nunca pratiquei.
    Seria muito o seu correr, se eu não tivesse percebido que ele olhava para trás, como se alguém o perseguisse, com medo nas pernas. Sua respiração deveria estar acelerada. Aquele homem que corre fortemente. Deve correr por algo importante. Pode ser que esteja fugindo de alguém, sim deve ser isso. Mas eu não vejo o seu rosto.
    De repente, percebo que ele não é o único que corre ali. Eu também corria. E corria fortemente, como aquele rapaz lá na frente, que parecia desesperado agora. Então é isso, ele corre de mim. Oh, Deus. O que será que ele me fez? Por qual motivo eu o estaria perseguindo, ou ele estar fugindo de mim? Ele quase tropeça nas próprias pernas. Tortas, por sinal. Eu chego cada vez mais perto dele, e isso parece o incomodar bastante. Eu só quero saber o que está havendo. O que o está afetando.
    Finalmente consigo acompanhá-lo. Ofegante ele tenta se desvencilhar de meu braço que o segura com força. Quando olho no seu rosto, surpresa! Aquele era eu. E eu dizia para o outro eu que não se pode fugir de si mesmo. Um dia você vai ter que se aceitar e conviver com todos os seus defeitos e qualidades. Que um dia a máscara cai e você vai ter que saber como viver sem ela. Ninguém pode viver fugindo de seus fantasmas, problemas e medos.  Um dia tudo vem abaixo, e você terá que saber como enfrentar.

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