Há
alguns dias, numa noite de poucos ventos, ao fim da aula, eu e uma colega
descíamos as muitas escadas da faculdade, fizemos uma reflexão sobre solidão. O
meu ônibus fica no caminho contrário do lugar onde ela espera o dela, e já
íamos nos despedir, mas como meu ônibus sempre chega alguns minutos depois do
dela, decidi ficar um pouco e fazer companhia enquanto o dela não chegava.
Nisso
ela me perguntou se eu não ia para o lugar onde o bus para, e eu falei que não,
porque sempre fico sozinho até a hora de ele chegar e ela ficou surpresa: “tu
fica sozinho lá esperando?” ao que eu respondi que não, fica sempre um bocado
de gente, mas como eu não conheço aquelas pessoas é mesmo que estar sozinho. E
foi aí, nesse momento, que começamos a refletir.
Caramba,
mesmo a gente estando cercado de pessoas, ainda se sente só se não encontrar
nenhum vínculo ou ligação com elas. E, ao mesmo tempo, a companhia de uma
pessoa com quem podemos trocar ideias vale mais que todas aquelas ilhas de
pessoas com quem não temos nenhuma afinidade. E paramos por um momento para
pensar naquilo, e até hoje eu ainda penso.
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