João sofria com o calor daquela manhã de terça-feira enquanto caminhava pela calçada. Seus olhos doíam um pouco pelo excesso da claridade mesmo ele de óculos. Um pouco a sua frente viu alguém se aproximando e logo reconheceu Sabina.
Sorriram e depois seus braços envolveram um ao outro, num abraço amigável. Ali ficaram por algum tempo, sob o sol forte posicionado num céu sem nuvens. Ventava, mas isso não amenizava o calor que fazia.
E o abraço continuava. Narrarei um pouco dele a seguir.
Era um daqueles abraços firmes, onde os donos dos braços pareciam sentir segurança quando envolvidos tão apertadamente contra o outro. Era um abraço tão bom que até os corações amigos pareciam se abraçar.
Depois que se soltaram conversaram alguns minutos sobre a vida de cada um. Riram também um bocado.
Talvez por terem sentido falta ou talvez por já estarem de despedida, abraçaram-se mais uma vez. E como dessa vez foi um enlaço diferente do primeiro, narrarei-o também.
Ele a abraçou na cintura, levando seu rosto acima da face dela, tocando com o queixo os cabelos escuros. Ela por sua vez o abraçou no meio da coluna, talvez um pouco mais acima disso. Deixou seu rosto junto do peito do amigo. Dessa vez, como disse, não foi o mesmo abraço narrado anteriormente. Esse era mais afetivo, mais efetivo, com algo a mais que o outro. Havia agora pele acariciando cabelos e um rosto que sorria numa camisa clara.
Despediram-se e seguiram cada um pro seu lado e o calor agora não incomodava tanto. Incrível mesmo o que faz um bom abraço.
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